Iniciado em 2018, o curso de graduação em Engenharia Urbana da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o primeiro país, formou sua primeira turma em 2023. No percurso, nossos alunos enfrentaram desafios inerentes à própria construção do curso, da adaptação à pandemia e a insegurança em relação ao mercado de trabalho. Com muito esforço, dedicação e resiliência desses alunos, hoje temos os primeiros profissionais egressos do nosso curso e esses começam a contribuir para o presente e o futuro das nossas cidades. Hoje Vinícius Marcial, um dos nossos ex-alunos, nos conta um pouco sobre sua experiência como graduando e sua jornada profissional após a conclusão do nosso curso.
Vinicius Marcial, egresso do Curso de Engenharia Urbana da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Foto: Acervo pessoal.
1. Nos conte um pouco o que te motivou a cursar a graduação em Engenharia Urbana?
R. Ao longo do meu ensino médio, realizado no IFMG – Campus Ouro Preto, juntamente com o curso técnico de edificações, pude ter um contato maior com a área de engenharia e, por influência de alguns professores, acabei adotando a ideia de entrar no curso, mesmo sendo a primeira turma, uma vez que ele veio com a proposta de ser um curso inovador e integrado entre suas áreas. Dessa forma ingressei no curso, sendo os conselhos de meus professores do ensino médio profissionalizante, ponto forte no momento de decisão.
2. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo do curso?
R. Por ser um curso novo, alguns ajustes iriam precisar ser realizados, fato que ocorreu e que listo como desafios enfrentados ao longo do curso. Posso citar a ausência de alguns conteúdos e disciplinas, bem como cursos ofertados em semestres inadequados. Esse fato foi encaminhado por mim e pelos demais alunos ao DEURB (departamento) e CEURB (colegiado), e, fomos prontamente atendidos. No mais, os demais desafios que enfrentei fazem parte da dinâmica de todo estudante, mas listo que sempre houve o apoio departamental e do colegiado do curso em atender as demandas.
3. Nos conte como foi o ingresso ao mercado de trabalho. Quais oportunidades e obstáculos encontrou.
R. Três meses após minha colação de grau consegui meu primeiro emprego, por meio da plataforma LinkedIn®. Foi um período de tentativas por meio de tal plataforma e outras mais, de divulgação e recrutamento. Se tratando das oportunidades, em partes cito a gama de áreas que podemos atuar, isso aumentou o leque de procuras e facilitou o processo. Por outro lado, por ser um curso novo, ainda existe um certo receio dos recrutadores em contratar um Engenheiro Urbano. Atualmente trabalho no setor de transportes, em uma multinacional, SYSTRA, onde atuo diariamente com vários profissionais de diversas áreas.
4. Como a sua trajetória acadêmica e suas escolhas pessoais influenciaram a sua carreira e o trabalho que realiza atualmente?
R. Posso destacar as escolhas que fiz no momento da graduação que auxiliaram a chegar no momento profissional em que me encontro. Destaco as iniciações científicas que fiz, que trouxeram conhecimentos que as disciplinas obrigatórias não entregavam. Os projetos de extensão também agregaram conhecimento, bem como os minicursos ministrados e que participei. Outro ponto de suma importância são os cursos de capacitação que realizei juntamente à Fundação Gorceix, que entregam conteúdos mais práticos, fato que auxilia no mercado de trabalho. Tive a oportunidade de fazer estágios extracurriculares, que foram essenciais para me trazer até meu emprego atual.
Vinicius Marcial durante a graduação, participando de um congresso científico.
Foto: Acervo pessoal.
5. Você considera que o curso de Engenharia Urbana da UFOP preparou bem você para lidar com questões reais do dia a dia no seu trabalho? Poderia nos citar alguns exemplos?
R. Uma abordagem que o curso tem e que auxilia no dia a dia é a questão da interdisciplinaridade, pois em vários momentos em nossa rotina precisamos de trabalhar com conhecimentos de várias áreas e isso o curso trabalha bem.
Vinicius Marcial em canteiro de obras, supervisionando a pavimentação de uma rodovia.
Foto: Acervo pessoal.
6. Quais conselhos você daria aos estudantes que estão atualmente cursando Engenharia Urbana, com base em sua experiência?
R. Posso dizer que aproveitar tudo o que a universidade oferece é uma das melhores coisas, todo o aprendizado é válido. Realizar estágios extracurriculares também auxilia na aquisição de experiência profissional. Dessa forma, aproveitando o que a universidade oferece e adentrar no mercado de trabalho além da carga horária obrigatória, são pontos chave para o sucesso de todo o profissional.
7. Para terminar, como você enxerga o potencial de mercado de trabalho para esses estudantes depois de formado?
R. O potencial é alto, pois o mercado está sempre se modificando e alterando as demandas, fato que o curso atende bem, devido a dinâmica que o mesmo oferece. Toda profissão tem seu desafio, e, um ponto positivo que o Engenheiro Urbano tem é saber visualizar o problema de forma dinâmica e obter a solução.